Esta semana estava lendo o comentário da obra de Gil Vicente “Auto da Barca do Inferno” escrito em 1517. A obra discorre sobre o juízo final, em que personagens chegam ao cais onde estão os barcos que os levarão para o inferno ou para o céu. O comentarista relata que esta obra continua sendo atual, uma vez que decorrem noções sobre ética, comportamento ou convívio social, sendo o tema moral da peça: “os homens devem passar pela vida terrena com os olhos na eternidade”.

Independente dos detalhes das crenças colocadas nesta obra, o fato é as pessoas continuam acreditando que tudo que fazemos aqui neste mundo será um dia julgado. O que não sabem é como isso acontecerá e o que devem fazer para estarem preparados para este dia. Neste contexto é tão importante entendermos sobre a liderança e motivação de Paulo aos tessalonicenses sobre a maneira de manter-se fixo na glorificação dos santos.

Imaginando a segunda vinda de Cristo é impossivel não lembrar sobre a descrição que Ellen White faz:

“Logo nossos olhares foram dirigidos ao oriente, pois aparecera uma nuvenzinha aproximadamente do tamanho da metade da mão de homem, a qual todos nós soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos nós em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e se tornava mais e mais clara e esplendente, até converter-se numa grande nuvem branca ... "Aqueles que têm mãos limpas e coração puro serão capazes de estar em pé; Minha graça vos basta." Com isto nos iluminou o rosto e encheu de alegria o coração. E os anjos tocaram mais fortemente e tornaram a cantar, enquanto a nuvem mais se aproximava da Terra. (Primeiros Escritos, pág. 15)”

Me resta então a pergunta: realmente é tão difícil viver com os pés na terra mas com os olhos no céu? Quando penso nesta descrição tudo se simplifica!


Comentário por Talita Keller


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